terça-feira, 24 de outubro de 2017
O Fim da Monarquia e a Proclamação da República (Imagens)
http://rede-imperial.blogspot.com.br/2009/03/o-fim-da-monarquia.html
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O Fim da Monarquia e a Proclamação da República (Curiosidades)
1- Fazia-se necessário
a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país
progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.
2- Estava com os dias
contados, já encontrava-se numa situação de crise, pois representava uma forma
de governo que, na prática, já não correspondia mais às mudanças sociais em
processo.
3- O conjunto de casas construídas
para esses trabalhadores chamavam-se colônias.
O Fim da Monarquia e a Proclamação da República (Texto)
No final da década
de 1880, a monarquia brasileira acabou acumulando enormes desconfortos. Estava
com os dias contados, já encontrava-se numa situação de crise, pois
representava uma forma de governo que, na prática, já não correspondia mais às
mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova
forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas
questões políticas, econômicas e sociais. Talvez a crise do sistema
monárquico brasileiro possa ser explicada através de algumas evidências que são
reconhecidamente motivadoras do surgimento das novas ondas da República, a
saber:
- Interferência de
D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja
Católica;
- Críticas feitas
por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam as notícias,
verdadeiras ou falsas, de corrupção existente na corte;
-Os militares
estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os
oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia
autorização do Ministro da Guerra;
- A classe média
(funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes,
artistas e comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava
mais exercícios para as diversas manifestações de liberdade, com maior
participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais
republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do Império;
- Falta de apoio
dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste
Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande
poder econômico;
O fim do tráfico negreiro, em 1850,
decretado por pressão da Inglaterra, ocasionou a escassez de mão-de-obra em
algumas regiões do país, tornando-se necessário encontrar alternativas para
substituir o trabalho escravo. Inicialmente, houve um intenso tráfico de
escravos das regiões decadentes do Norte e Nordeste para o Sudeste, porém não
foi o suficiente.
A solução encontrada
foi adotar a mão-de-obra de imigrantes europeus, que eram empregados como
trabalhadores assalariados. Assim, os fazendeiros de café passaram a
contratá-los para morar em suas fazendas. O conjunto de casas construídas para
esses trabalhadores chamavam-se colônias.
A Àfrica no seculo xix (curiosidades)
Até o último quartel do
século XIX, a presença européia na África reduzia-se a poucAs guerras santas na
África derivaram do renascimento, na segunda metade do século XVIII, de um
Islame fervoroso e militante, de que dão exemplo os vaabitas, na Arábia, e o
reflorir, no Egito e no Magrebe, do sufismo e da ordem mística e militar da
Cadirija. Esta última tinha presença e influência no Sudão Ocidental, desde o
fim do Quatrocentos, quando Al-Maghili andara a pregar em Bornu e na
Hauçalândia.
A Àfrica no seculo xix (Texto)
Até o último quartel do século XIX, a presença européia na África
reduzia-se a poucos pontos litorâneos. Em toda a sua grande extensão, a África
era governada por africanos. O continente dividia-se em impérios, reinos e
cidades-estado. Do lado do Atlântico, havia intensas relações entre essas
estruturas políticas e o Brasil. O que se passava num lado do oceano repercutia
no outro. A cruzada anti-escravagista desembocou num novo imperialismo europeu.
A ocupação da África pelas potências européias não logrou destruir muitas
dessas estruturas de poder, algumas das quais serviram de intermediárias entre
o colonizador e os africanos enquanto que outras persistiram na
clandestinidade. A ocupação colonial ocasionou o quase completo corte das
antigas e fortes relações com o Brasil.
O início do século XIX caracteriza-se por um aguçamento dos
nacionalismos. E não só na Europa, mas também nas duas margens mais ao sul do
Atlântico. Na América, as colônias espanholas e portuguesa independentizam-se;
na África, os grandes agrupamentos étnicos se consolidam.
O
Oitocentos é também o século em que o Reino Unido procura fazer do Atlântico um
mar inglês; o século em que se destrói o tráfico triangular entre a Europa, a
América e a África e em que se desfazem as ligações bilaterais entre os dois últimos
continentes; o século em que as sociedades africanas, até então fora das
grandes rotas do caravaneiro e do navegador, começam a integrar-se, ainda que
de modo imperfeito, nas estruturas políticas mundiais.
Na
realidade, a África só abria para o exterior um pouco da casca. Assim fora
desde sempre. O estrangeiro se parava no Sudd, ao sul da
Núbia, em Ualata, Gana, Gaô, Tombuctu e outros caravançarais do Sael, em
Quiloa, Mombaça, Angoche, Zanzibar e iguais feitorias do Índico e, desde a
abertura do Atlântico, nos entrepostos e fortins de Bissau, El Mina, Ajudá,
Luanda, Benguela e tantos mais. Até meados do século XIX, o europeu só avançava
alguns passos para fora de seus muros e paliçadas em algumas poucas áreas e, na
maior parte dos casos, com o consentimento e o apoio dos africanos, ou sob sua
vigilância.
Isso
não impediu que se fossem estabelecendo, desde o século XVII, mas sobretudo a
partir do XVIII, fortes vínculos entre certos pontos do litoral africano e as
costas atlânticas das Américas, como conseqüência do tráfico de escravos. O
comércio de braços humanos não aproximou apenas as praias que ficavam frente a
frente, mas estendeu sertão adentro o seu alinhavado, uma vez que muitos dos
escravos trazidos para o Brasil e que foram trabalhar em Minas ou Goiás vieram
de regiões do interior do continente africano, das savanas e das bordas dos
desertos. Não eram, portanto, falsos, como pareceram a tantos leitores e
críticos, os versos em que Castro Alves se referia a escravos como vindos de
regiões áridas. O poeta, que tinha familiares envolvidos no tráfico, sabia do
que falava, quando em O Navio Negreiro, descreveu os cativos a
dançarem no convés como "os filhos do deserto / onde a terra esposa a luz,
/ onde voa em campo aberto / a tribo dos homens nus ..." Ou quando,
em A Canção Ao Africano, disse, da terra deste, que ''o sol
faz lá tudo em fogo, / faz em brasa toda a areia''.
Ainda
que os contatos diretos entre europeus, americanos e africanos não passassem,
na África, muito além da linha em que findavam as praias, as notícias
esgarçavam-se pelo interior e certas novidades, e só certas novidades,
expandiam-se rapidamente. Assim, a África recebeu e africanizou a rede, a
mandioca e o milho, enquanto o Brasil e Cuba faziam seus o dendê, a malagueta e
a panaria da Costa.
As
trocas deram-se nas duas direções, e a cada um dos lados do Atlântico não era
de todo desconhecido e indiferente o que se passava no outro. A independência
do Brasil, por exemplo, não ficou despercebida na África — e o prova terem sido
dois africanos os primeiros reis a reconhecê-la, o Obá Ósemwede, do Benim, e o
Ologum Ajan, de Eko, Onim ou Lagos. Em Angola, os acontecimentos de 1822
tiveram enorme impacto, chegando a gerar uma corrente favorável à separação de
Portugal e à união ao Brasil.
No
território brasileiro, reis e nobres africanos, vendidos por seus desafetos
como escravos, buscaram, algumas vezes, reconstruir as estruturas políticas e
religiosas das terras de onde haviam partido. Isso terse-ia verificado — para
citar o caso mais conhecido — com Nan Agotiné, a mãe do rei Guezô, do Danxomé,
Dangomé, Daomei ou Daomé. Passada às mãos dos traficantes pelo rei Adandozã,
ele teria refeito os seus altares e a sua Corte na Casa das Minas (ou
Querebetam de Zomadonu), em São Luís do Maranhão (1).
Outros sonharam voltar à África e reconquistar as posições perdidas, não se
excluindo que hajam conspirado para isso. Não faltaria quem lhes levasse as
mensagens a adeptos e descontentes na terra natal, pois a tripulação dos navios
negreiros era em grande parte africana. Um desses príncipes quase logrou tornar
real o sonho. Chamava-se Fruku, no Danxomé, e foi vendido ao Brasil pelo rei
Tegbesu, provavelmente para permitir que Kpengla ascendesse ao trono. Viveu no
Brasil vinte e quatro anos e voltou à Costa dos Escravos com o nome de Dom
Jerônimo. E como Dom Jerônimo, o brasileiro, o príncipe Fruku
disputou o trono do Danxomé, após a morte de Kpengla, em 1789, e só por pouco o
perdeu para Agonglo
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40141994000200003
O Apogeu do Império do Brasil (Curiosidades)
A fase do Brasil Império exige
uma gama de textos que abordem os conteúdos específicos desse momento da
história do país, contemplando, assim, o período que vai do ano de 1822 (quando
o Brasil tornou-se independente) ao ano de 1889 (quando
foi proclamada a República). Para tanto, esse arco temporal é
convencionalmente dividido em três partes: Primeiro Reinado, Período Regencial e Segundo Reinado, que serão
esmiuçados a seguir.
Primeiro Reinado:
Momento em que o Brasil deixou a condição de colônia, quando a família real portuguesa saiu de Portugal após o avanço
das tropas napoleônicas sobre a Península Ibérica, entre os anos de 1807 e
1808. Nesse contexto, o Brasil foi alçado à condição de Reino Unido de Portugal e Algarves. A partir
de 1808, portanto, teve início no Brasil uma intensa eferverscência política
que foi pautada, sobretudo, pelas divergências entre portugueses (vindos com a
Corte) e brasileiros, bem como entre liberais e conservadores (disputa interna
entre os próprios brasileiros).
A situação política do Brasil só foi resolvida com a articulação e
a instituição do Império. No início de 1820, quando começaram essas
articulações, a América Latina e a Europa estavam passando por grandes
reviravoltas. O modelo republicano era paulatinamente adotado pelos países
vizinhos do Brasil. Ao longo do ano de 1821, os chamados “arquitetos” do
império, como José Bonifácio deAndrada e Silva, passaram a tramar a adoção do modelo imperial
no Brasil. Em 1822, D. Pedro, filho de D. João VI, optou por permanecer no
Brasil e declarou o país independente de Portugal, tornando-se o primeiro
imperador, sob o título de D. Pedro I.
As instituições do Império, entretanto, só foram efetivamente estabelecidas
e regularizadas com a Carta Constitucional de 1824, ou, em outros termos, a Constituição
de 1824. Uma das principais características do Império Brasileiro
foi tecida nessa Constituição, isto é, o Poder Moderador, que consistia em um
quarto poder que dava ao imperador a autoridade de apreciar a decisão dos
outros poderes.
Período Regencial: D.
Pedro I abdicou do trono, na década de 1830, em favor de seu filho, então com
cinco anos de idade. Como a menoridade impedia o então herdeiro do trono de
assumir o cargo de imperador, o governo do Brasil ficou sob a responsabilidade
de regentes. A regências tiveram de articular uma nova configuração política
para o Império, além de terem que enfrentar várias revoltas que eclodiram após a abdicação de D.
Pedro I. Uma das manobras políticas mais ousadas da História do Brasil também
foi efetuada no período da regência: o Golpe da
Maioridade, em 1839, que tornou D. Pedro II imperador com apenas 14 anos de
idade.
Segundo Reinado: foi
o período mais longo da História Imperial, indo de 1839 a 1889. Nesse período,
o Brasil passou por transformações de grande porte em todos os setores, desde o
econômico até o cultural. Revoltas também ocorreram e exigiram uma habilidade
de integração nacional muito forte por parte do imperador.
Além disso, os ânimos políticos também tomaram uma configuração
intensa, sobretudo entre conservadores e liberais. Os movimentos republicano e
abolicionista, associados às posições do exército, que também passaram a ser
refratárias às do império, acabaram por gerar pressões múltiplas que culminaram
no exílio de D. Pedro II e na consequente Proclamação
da República.
Não deixe de conferir logo mais
abaixo textos que oferecem explicações mais detalhadas e completas sobre os
principais acontecimentos que marcaram o Brasil Império.
O Apogeu do Império do Brasil(Texto)
A economia
colonial brasileira esteve, desde o seu nascimento, ligada à mão-de-obra
escrava. A independência e a instituição do império em nada
modificaram a estrutura escravista. Ao contrário, a escravidão ficou mais
acentuada. O problema básico era como manter constante o fluxo de escravos.
Como a mortalidade era maior
que a natalidade, a tendência era a
diminuição do número de escravos. Por isso, a economia colonial precisava
comprar cada vez mais escravos. A Inglaterra e o
tráfico negreiro Até o século XVIII, a Inglaterra
havia lucrado e acumulado muito capital com o comércio de escravos,mas no século
XIX a situação mudou. Os industriais
ingleses, que se desenvolveram com a Revolução Industrial, viam no
escravismo um obstáculo para a expansão de novos mercados. Os ingleses achavam
que os capitais aplicados na compra de escravos poderiam ser dirigidos para
setores mais dinâmicos da economia, como, por exemplo, para a compra
de máquinas e de produtos industriais. Além do mais, a
escravidão significava um mercado restrito, ou seja, consumia muito pouco. Os
ingleses queriam um mercado livre, sem o protecionismo do mercantilismo e do
pacto colonial. Por essa razão é que eles combatiam o escravismo, não só em
suas próprias colônias das Antilhas, como também em regiões como o Brasil. Como nos tratados
de 1810 D. João já
havia se comprometido a extinguir o tráfico, os ingleses sentiram-se com
autoridade para iniciar a perseguição aos navios negreiros. A Inglaterra só
reconheceu nossa independência com uma nova promessa de extinção, que nunca foi
cumprida. Em 1831, formulou-se uma lei bastante ambígua sobre o controle do
tráfico. Os escravos continuaram a ser importados. O tráfico continuava e as
ações dos navios de guerra contra os navios negreiros cresciam na mesma
proporção. A perseguição da Inglaterra aos navios negreiros brasileiros gerou
fortes tensões nas relações entre os dois países. A Lei Eusébio de Queirós No dia 8
de agosto de 1845, foi aprovada na Inglaterra uma lei que levava o nome de seu
autor, a Lei Aberdeen (Bill Aberdeen), que afirmava “(…) será lícito ao alto
tribunal do almirantado e a qualquer tribunal de Sua Majestade (…) julgar qualquer que faça o
tráfico de escravos africanos (…)”. O Brasil protestou contra a ingerência (intervenção) nos assuntos
internos de nossa política, mas a Inglaterra não tomou conhecimento. O Brasil
não tinha saída. Seria muito difícil para um país de economia agrária e
dependente enfrentar a maior potência mundial da época. O governo brasileiro
teve de ceder. No dia 4 de setembro de 1850, foi publicada a Lei Eusébio
de Queirós, que levava o nome do ministro da Justiça, pela qual ficava
extinto o tráfico de escravos entre o Brasil e a África. O número de escravos
importados caiu rapidamente. As províncias do Nordeste foram as que mais
sentiram o fim da importação de mão-de-obra. As províncias do Centro-Sul, que
já estavam se dedicando à cafeícultura, conseguiram, num primeiro momento,
superar o problema com o tráfico interno de escravos. Porque não se utilizava
da mão-de-obra livre nas lavouras? Essa solução era quase impossível, se
pensarmos que os três séculos de escravidão geraram uma pequena oferta de
trabalhadores. E mesmo esse pequeno contingente de trabalhadores livres não
queria enfrentar uma tarefa que foi sempre “coisa
de negro“. O trabalho nas grandes lavouras era visto como algo
aviltante (que desonra). A conseqüência mais imediata dessa situação foi que os
preços de escravos subiram assustadoramente. Alguns latifundiários sentiam que
o trabalho escravo era improdutivo e ensaiavam a introdução de imigrantes como
mão-de-obra. PEDRO, Antônio. História de
civilização ocidental. ensino médio. volume único.
A Consolidação da Independência Brasileira (Curiosidades)
1- Os brasileiros que eram favoráveis à Independência reuniram
forças para lutar contras as tropas portuguesas que estavam no Brasil desde
1808.
2- O reconhecimento formal inglês tardou a acontecer porque os
ingleses tentaram conseguir do Brasil a imediata extinção do tráfico de
escravos
3- Os conflitos mais importantes ocorreram no Sul do país e na
Bahia, onde movimentos separatistas e conflitos com os portugueses causaram
algumas disputas violentas.
A Consolidação da Independência Brasileira (Texto)
A consolidação da Independência ocorreu em poucos anos, mas foi marcada por conflitos militares relativamente graves. Os brasileiros que eram favoráveis à Independência reuniram forças para lutar contras as tropas portuguesas que estavam no Brasil desde 1808. Os conflitos mais importantes ocorreram no Sul do país e na Bahia, onde movimentos separatistas e conflitos com os portugueses causaram algumas disputas violentas.
Mas entre os brasileiros favoráveis à Independência
existiam grandes divergências: a aristocracia rural defendia um regime
monárquico centralizado e as camadas médias urbanas pregavam um regime
democrático, com restrições ao poder do imperador.
No plano internacional, os Estados
Unidos reconheceram a Independência em maio de
1824, mas, informalmente, ela já era reconhecida pela Inglaterra, que era grande interessada em garantir a ordem e a
ligação econômica com o Brasil. O reconhecimento formal inglês tardou a
acontecer porque os ingleses tentaram conseguir do Brasil a imediata extinção
do tráfico de escravos. Ainda assim, a Inglaterra esteve presente no processo
de consolidação da Independência, servindo também de mediador no reconhecimento da nova nação por Portugal.
O reconhecimento formal da Independência aconteceu apenas em agosto
de 1825, através de um tratado em que o Brasil
concordou em compensar a Metrópole em 2 milhões de libras pela perda da
Colônia. Esta indenização foi paga com empréstimo inglês. Por conta dessas
dificuldades no processo de consolidação da Independência, alguns historiadores
têm feito objeções à famosa tese de que o processo de Independência foi fácil.
Esses críticos defendem que a emancipação sob a forma de união em torno do Rio de
Janeiro resultou de uma luta e não de um consenso geral.
As críticas à famosa tese têm o mérito de ressaltar o fato
de que a Independência não correspondeu a uma passagem pacífica. Mas, ainda
assim, não se pode deixar de lado a constatação de que, admitindo-se o uso da
força e as mortes resultantes, a consolidação da Independência se fez em poucos
anos e sem grandes desgastes. Além disso, a emancipação do Brasil não engendrou
maiores alterações na ordem econômica e social, tendo sido mantido no país o regime
político imposto pela metrópole portuguesa.
Assim,
após 1822, o Brasil continuou sendo uma monarquia encabeçada por um
português e os anos seguintes à Independência até 1840 foram marcados por
enorme flutuação política, por rebeliões em todo o país e por tentativas
contrastantes de organizar o poder.
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