No final da década
de 1880, a monarquia brasileira acabou acumulando enormes desconfortos. Estava
com os dias contados, já encontrava-se numa situação de crise, pois
representava uma forma de governo que, na prática, já não correspondia mais às
mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova
forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas
questões políticas, econômicas e sociais. Talvez a crise do sistema
monárquico brasileiro possa ser explicada através de algumas evidências que são
reconhecidamente motivadoras do surgimento das novas ondas da República, a
saber:
- Interferência de
D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja
Católica;
- Críticas feitas
por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam as notícias,
verdadeiras ou falsas, de corrupção existente na corte;
-Os militares
estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os
oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia
autorização do Ministro da Guerra;
- A classe média
(funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes,
artistas e comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava
mais exercícios para as diversas manifestações de liberdade, com maior
participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais
republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do Império;
- Falta de apoio
dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste
Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande
poder econômico;
O fim do tráfico negreiro, em 1850,
decretado por pressão da Inglaterra, ocasionou a escassez de mão-de-obra em
algumas regiões do país, tornando-se necessário encontrar alternativas para
substituir o trabalho escravo. Inicialmente, houve um intenso tráfico de
escravos das regiões decadentes do Norte e Nordeste para o Sudeste, porém não
foi o suficiente.
A solução encontrada
foi adotar a mão-de-obra de imigrantes europeus, que eram empregados como
trabalhadores assalariados. Assim, os fazendeiros de café passaram a
contratá-los para morar em suas fazendas. O conjunto de casas construídas para
esses trabalhadores chamavam-se colônias.
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