terça-feira, 24 de outubro de 2017

O Fim da Monarquia e a Proclamação da República (Texto)

No final da década de 1880, a monarquia brasileira acabou acumulando enormes desconfortos. Estava com os dias contados, já encontrava-se numa situação de crise, pois representava uma forma de governo que, na prática, já não correspondia mais às mudanças sociais em processo. Fazia-se necessário a implantação de uma nova forma de governo, que fosse capaz de fazer o país progredir e avançar nas questões políticas, econômicas e sociais.  Talvez a crise do sistema monárquico brasileiro possa ser explicada através de algumas evidências que são reconhecidamente motivadoras do surgimento das novas ondas da República, a saber:

- Interferência de D.Pedro II nos assuntos religiosos, provocando um descontentamento na Igreja Católica;

- Críticas feitas por integrantes do Exército Brasileiro, que não aprovavam as notícias, verdadeiras ou falsas, de corrupção existente na corte;

-Os militares estavam descontentes com a proibição, imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra;

- A classe média (funcionário públicos, profissionais liberais, jornalistas, estudantes, artistas e comerciantes) estava crescendo nos grandes centros urbanos e desejava mais exercícios para as diversas manifestações de liberdade, com maior participação nos assuntos políticos do país. Identificada com os ideais republicanos, esta classe social passou a apoiar o fim do Império;

- Falta de apoio dos proprietários rurais, principalmente dos cafeicultores do Oeste Paulista, que desejavam obter maior poder político, já que tinham grande poder econômico;

O fim do tráfico negreiro, em 1850, decretado por pressão da Inglaterra, ocasionou a escassez de mão-de-obra em algumas regiões do país, tornando-se necessário encontrar alternativas para substituir o trabalho escravo. Inicialmente, houve um intenso tráfico de escravos das regiões decadentes do Norte e Nordeste para o Sudeste, porém não foi o suficiente.


A solução encontrada foi adotar a mão-de-obra de imigrantes europeus, que eram empregados como trabalhadores assalariados. Assim, os fazendeiros de café passaram a contratá-los para morar em suas fazendas. O conjunto de casas construídas para esses trabalhadores chamavam-se colônias.


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