Vargas fez no país, tanto sociais
quanto econômicas.
A Era Vargas Brasil por 15 anos, de forma contínua (de 1930 a
1945). Esse período foi um Era Vargas é o nome que
se dá ao período em que Getúlio Vargas governou o marco na história brasileira,
em razão das inúmeras alterações que Getúlio teve início com a Revolução de
1930, onde expulsou do poder a oligarquia cafeeira, dividindo-se em três
momentos:
Revolução de 1930
Até o ano de 1930 vigorava no Brasil a República Velha, conhecida
hoje como o primeiro período republicano brasileiro. Como característica
principal centralizava o poder entre os partidos políticos e a conhecida
aliança política "café-com-leite" (entre São Paulo e Minas Gerais), a
República Velha tinha como base a economia cafeeira e, portanto, mantinha
fortes vínculos com grandes proprietários de terras.
De acordo com as políticas do "café-com-leite", existia
um revezamento entre os presidentes apoiados pelo Partido Republicano Paulista
(PRP), de São Paulo, e o Partido Republicano Mineiro (PRM), de Minas Gerais. Os
presidentes de um partido eram influenciados pelo outro partido, assim,
dizia-se: nada mais conservador, que um liberal no poder.
O Golpe do Exército
Em março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente da
República. Eleição esta que deu a vitória ao candidato governista Júlio
Prestes. Entretanto, Prestes não tomou posse. A Aliança Liberal (nome dado aos
aliados mineiros, gaúchos, e paraibanos) recusou-se a aceitar a validade das
eleições, alegando que a vitória de Júlio Prestes era decorrente de fraude.
Além disso, deputados eleitos em estados onde a Aliança Liberal
conseguiu a vitória, não tiveram o reconhecimento dos seus mandatos. Os estados
aliados, principalmente o Rio Grande do Sul planejam então, uma revolta armada.
A situação acaba agravando-se ainda mais quando o candidato a
vice-presidente de Getúlio Vargas, João Pessoa, é assassinado em Recife,
capital de Pernambuco.
Como os motivos dessa morte foram duvidosos, a propaganda
getulista aproveitou-se disso para usá-la em seu favor, atribuindo a culpa à
oposição, além da crise econômica acentuada pela crise de 1929; a indignação,
deste modo, aumentou, e o Exército – que por sua vez era desfavorável ao
governo vigente desde o tenentismo – começou a se mobilizar e formou uma junta
governamental composta por generais do Exército. No mês seguinte, em três de
novembro, Júlio Prestes foi deposto e fugiu junto com Washington Luís e o poder
então foi passado para Getúlio Vargas pondo fim à República Velha.
Governo provisório (1930 - 1934)
O Governo Provisório teve como objetivo reorganizar a vida
política do país. Neste período, o presidente Getúlio Vargas deu início ao
processo de centralização do poder, eliminando os órgãos legislativos (federal,
estadual e municipal).
Diante da importância que os militares tiveram na estabilização da
Revolução de 30, os primeiros anos da Era Vargas foram marcados pela presença
dos “tenentes” nos principais cargos do governo e por esta razão foram
designados representantes do governo para assumirem o controle dos estados, tal
medida tinha como finalidade anular a ação dos antigos coronéis e sua influência
política regional.
Esta medida consolidou-se em clima de tensão entre as velhas
oligarquias e os militares interventores. A oposição às ambições
centralizadoras de Vargas concentrou-se em São Paulo, onde as oligarquias
locais, sob o apelo da autonomia política e um discurso de conteúdo
regionalista, convocaram o “povo paulistano” a lutar contra o governo Getúlio
Vargas, exigindo a realização de eleições para a elaboração de uma Assembleia
Constituinte. A partir desse movimento, teve origem a chamada Revolução
Constitucionalista de 1932.
Mesmo derrotando as forças oposicionistas, o presidente convocou
eleições para a Constituinte. No processo eleitoral, devido o desgaste gerado
pelos conflitos paulistas, as principais figuras militares do governo perderam
espaço político e, em 1934 uma nova constituição foi promulgada.
A Carta de 1934 deu maiores poderes ao poder executivo, adotou
medidas democráticas e criou as bases da legislação trabalhista. Além disso,
sancionou o voto secreto e o voto feminino. Por meio dessa resolução e o apoio
da maioria do Congresso, Vargas garantiu mais um mandato.
Governo Constitucional (1934 –
1937)
Nesse segundo mandato, conhecido como Governo Constitucional, a
altercação política se deu em volta de dois ideais primordiais: o fascista –
conjunto de ideias e preceitos político-sociais totalitário introduzidos na
Itália por Mussolini –, defendido pela Ação Integralista Brasileira (AIB), e o
democrático, representado pela Aliança Nacional Libertadora (ANL), era
favorável à reforma agrária, a luta contra o imperialismo e a revolução por
meio da luta de classes.
A ANL aproveitando-se desse espírito revolucionário e com as
orientações dos altos escalões do comunismo soviético, promoveu uma tentativa
de golpe contra o governo de Getúlio Vargas. Em 1935, alguns comunistas
brasileiros iniciaram revoltas dentro de instituições militares nas cidades de
Natal (RN), Rio de Janeiro (RJ) e Recife (PE). Devido à falha de
articulação e adesão de outros estados, a chamada Intentona Comunista, foi
facilmente controlada pelo governo.
Getúlio Vargas, no entanto, cultivava uma política de
centralização do poder e, após a experiência frustrada de golpe por parte da
esquerda utilizou-se do episódio para declarar estado de sítio, com essa
medida, Vargas, perseguiu seus oponentes e desarticulou o movimento comunista
brasileiro. Mediante a “ameaça comunista”, Getúlio Vargas conseguiu anular a
nova eleição presidencial que deveria acontecer em 1937. Anunciando outra
calamitosa tentativa de golpe comunista, conhecida como Plano Cohen, Getúlio
Vargas anulou a constituição de 1934 e dissolveu o Poder Legislativo. A partir
daquele ano, Getúlio passou a governar com amplos poderes, inaugurando o
chamado Estado Novo
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