sábado, 13 de maio de 2017

              A Revolução Americana.
Revolução Americana foi a revolta das colónias inglesas na América do Norte ocorrida entre 1775 e 1783, que resultou na instituição dos Estados Unidos da América.
                                                        
Independência dos Estados Unidos é considerada a primeira Revolução Americana (a segunda foi a Guerra de Secessão, também nos Estados Unidos). Ela foi um marco na crise do Antigo Regime porque rompeu a unidade do sistema colonial.

As treze colónias americanas  formaram-se a partir do século XVII. Nos fins do século XVIII, havia 680 000 habitantes no norte, ou Nova Inglaterra: Massachusetts, Nova Hampshire, Rhode Island e Connecticut; 530 000 no centro: Pensilvânia, Nova York, Nova Jersey e Delaware; e 980 000 no sul: Virgínia, Maryland, Carolina do Norte, Carolina do Sul e Geórgia. Ao todo, mais de 2 milhões de colonizadores.
No centro-norte, predominavam a pequena e média propriedades, geridas por europeus exilados por motivos políticos ou religiosos. Havia também o trabalho de servos temporários, que trabalhavam de quatro a sete anos para pagar o transporte para a América, financiado pelos proprietários  que necessitavam de mão-de-obra. Os produtos que obtinham eram semelhantes aos europeus; apenas madeira, produtos de pesca e utensílios navais atraíam o interesse do importador inglês.

Isto desencorajou o comércio da Inglaterra com a região, pois  as despesas da viagem  ficavam caras. Assim, apesar da proibição de manufacturas nas colónias, os ingleses permitiram aos colonos do centro-norte uma quase autonomia industrial.

 No sul prevalecia a grande propriedade  baseada no comércio de escravos, com reduzido trabalho livre e monocultura voltada  para a  exportação.



 Os colonos do norte ultrapassaram as fronteiras coloniais. Organizaram triângulos comerciais. O mais conhecido começava com o comércio de peixe, madeira, gado e produtos alimentícios com as Antilhas, onde compravam melaço, rum e açúcar.

 Outro triângulo começava na Filadélfia, Nova York ou Newport, com carregamentos que trocavam na Jamaica por melaço e açúcar; levavam estes produtos para a Inglaterra e trocavam por tecidos e ferragens, trazidos para o ponto inicial do triângulo.

Também foi muito activo o triângulo iniciado com o transporte de peixe, cereais e madeira para Espanha e Portugal, de onde levavam para a Inglaterra sal, frutas e vinho, trocados por produtos manufacturados que traziam de volta à América.

As leis inglesas de navegação não impediam o desenvolvimento da colónia porque não eram aplicadas. Mas quando o comércio colonial começou a concorrer com o comércio metropolitano, surgiram atritos que culminaram com a emancipação das treze colônias
O crescimento do comércio colonial fez a Inglaterra mudar de política. Um dado conjuntural contribuiu para a mudança: a Guerra dos Sete Anos (1756-1763), entre Inglaterra e França.      Vencedora, a Inglaterra apossou-se de grande parte do Império Colonial Francês, especialmente terras a oeste das treze colónias americanas. O Parlamento inglês decidiu que os colonos deviam pagar parte dos custos da guerra. O objectivo era aumentar as taxas e os direitos da Coroa na América.  


              A possibilidade de aumentarem o seu território agradou aos colonos, que prontamente se prepararam para explorar e aproveitar novas terras, mas, para sua grande surpresa, o governo de Londres, por recear o desencadear de guerras com as nações índias, determinou que nenhuma nova exploração ou colonização de territórios pudesse ser feita sem a assinatura de tratados com os índios.

             Foi esta a primeira fonte de conflito entre os colonos e a Coroa inglesa. Mas, pouco depois, outros se lhe juntavam, como a obrigação de albergar e sustentar tropas inglesas em solo americano: George Greenville, primeiro-ministro inglês, decidiu colocar na colônia uma força militar de 10000 homens, acarretando uma despesa de 350000 libras. Esta prática  pesava gravosamente sobre as finanças coloniais.

             política repressiva dos ingleses, aliada a factores culturais, como a influência do iluminismo, teve papel importante no processo revolucionário americano. Outra fonte de conflito foi  o lançamento de impostos pesados sobre importações vitais para a economia e a subsistência das colónias (açúcar, café, têxteis, etc.), a que se acrescentou o imposto de selo sobre jornais, documentos legais e outros.
  A Lei do Açucar (Sugar Act, 1764) tinha como objectivo arranjar dinheiro para pagar a dívida nacional inglesa e prejudicava os americanos, pois taxava produtos que não viessem das Antilhas Britânicas e acrescentava vários produtos à lista dos artigos enumerados, que só poderiam ser ex­portados para a Inglaterra.
  A Lei do Selo (Stamp Act, 1765) provocou grandes atritos entre os colonos e Inglaterra, pois exigia a selagem até de baralhos e dados. Os colonos protestaram, argumentando que se tratava de imposto interno, e não externo como de costume.                 Os colonos, principlamente os mais ricos e cultos, sentiam-se cada vez mais ressentidos com uma Inglaterra que retirava mais lucros  das colónias do que do continente. Queixavam-se também de que não tinham representação no Parlamento que havia votado a lei. Reuniu-se então em Nova York, em 1765, o Congresso da Lei do Selo, que, declarando-se fiel à Coroa, decidiu boicotar o comércio inglês. Os comerciantes ingleses pressionaram o Parlamento e a Lei do Selo foi revogada.

             As reacções dos colonos foram, de início, exaltadas mas pacíficas: exigiram o direito de eleger representantes para o Parlamento de Londres (para poderem discutir e votar as leis que lhes diziam respeito), passando depois a actos de boicote às mercadorias inglesas. Esta guerra económica desencadearia motins e forçou o governo inglês a alguns recuos, que contudo não satisfizeram os colonos.                                                                                                                                                                     
A crise explodiu em 1773 com a Lei do Chá (Tea Act), que dava o monopólio desse comércio à Companhia das Índias Orientais, onde vários políticos ingleses tinham interesses. A Companhia transportaria o chá diretamente das Índias para a América. Os intermediários tiveram grande prejuízo e ficou aberto um precedente perigoso: quem garantia que o mesmo não seria feito com outros produtos? A reacção não demorou.No porto de Boston, comerciantes disfarçados de índios mohawks destruíram trezentas caixas de chá tira­das dos barcos, no episódio conhecido como A Festa do Chá de Boston (The Boston Tea Party).

 O conflito agravou-se com a presença de tropas enviadas para conter os protestos. Como resposta, em 1774 os representantes das colónias reuniram-se em Filadélfia, num primeiro Congresso Continental que, a partir daí, embora com divergências no seu seio, foi a voz política dos colonos. O extremar das posições levou à criação de milícias, à constituição de depósitos de munições e a um aumento contínuo de tensão que iria degenerar em guerra




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Curiosidades
A Revolução Americana foi a revolta das colónias inglesas na América do Norte ocorrida entre 1775 e 1783, que resultou na instituição dos Estados Unidos da América.

Vídeo

https://www.youtube.com/watch?v=EMkq-ECMpg0


Lucas Teixeira.

O Iluminismo(texto)

Introdução
O Iluminismo foi um movimento intelectual ocorrido no século XVIII, na França, que criticava o Antigo Regime. As idéias iluministas caracterizavam-se pela importância que davam a razão: rejeitavam as tradições e procuravam uma explicação racional para todas as coisas.
O Iluminismo tem suas origem no século XVII, mas desenvolveu-se no século XVIII, na França considerado o “Século das Luzes”.

Antigo Regime
Denominação da estrutura política, econômica e social que tinha como características: o absolutismo, o mercantilismo e a sociedade dividida em estamentos.

Razão
Para o iluminismo a razão era a faculdade de fazer julgamentos e inferências (deduzir pela racionalidade).
Os iluministas afirmavam, ainda que a razão se opõe radicalmente à ignorância, à superstição e à aceitação de verdades baseadas na fé e na tradição.
Tal postura colocou-os contra as autoridades religiosas, acusando-as de manterem a humanidade na ignorância em proveito próprio. Apesar disso, mantinham a crença em Deus, por considerá-lo a “expressão máxima da razão”.

O que o iluminismo defendia
• Igualdade comercial e jurídica.
• Tolerância religiosa ou filosófica
• Liberdade pessoal e social.
Os pensadores iluministas tornaram-se porta vozes de todos aqueles que almejavam mudanças sociais, como o fim do poder absoluto dos reis e o triunfo das liberdades individuais.

O que o iluminismo criticava
Os princípios iluministas chocavam-se com os do Antigo Regime. Assim o iluminismo criticava:
• O absolutismo monárquico: porque protegia a nobreza e o clero mantendo seus privilégios. Além disso, impediam os burgueses de participarem do poder. As regalias da nobreza deviam-se ao fato de serem bem nascidos.
• O mercantilismo: porque a intervenção do Estado na economia era considerada prejudicial ao comércio e ao enriquecimento da burguesia.
• O poder da Igreja: porque esse baseava-se em verdades reveladas pela fé. Isso chocava-se com a liberdade do indivíduo para elaborar conceitos, normas, idéias e teorias.

Pensadores Iluministas

René Descartes era filósofo, matemático, cientista e um dos pioneiros do movimento iluminista.
Na sua obra, Discurso sobre o Método, Descartes afirma que para se chegar ao conhecimento é preciso fazer uma crítica a todo saber acumulado pelo ser humano, o que se consegue usando a dúvida como método. Assim sendo, segundo ele, é preciso duvidar de tudo o que se vê ou se ouve e até mesmo das verdades estabelecidas pela ciência.
“Para Descartes, o ato de duvidar permite ao homem comprovar sua própria existência, pois quem dúvida pensa, e quem pensa existe. Assim sendo ele chegou a sua proposição básica: ‘Penso, logo existo’” (BOULOS, Jr.,A. História Geral.v.2, FTD, 1995)

John Locke (1632-1704), filósofo inglês.
Na sua obra Ensaio Sobre o Entendimento, Locke elabora uma nova teoria sobre o conhecimento. Para ele, ao nascer, o homem é uma tábula rasa, um papel em branco. Aos poucos através da experiência, a mente humana vai registrando idéias simples. Depois, organizando, comparando e relacionando tais idéias por meio da razão, chega a elaborar idéias complexas.
No plano político, Locke contribuiu para o combate ao absolutismo negando a origem divina dos reis e afirma que o governo nasceu de um acordo, de uma relação contratual, entre governantes e governados. Diz que depois do acordo, os governados continuam tendo direito à vida, à liberdade e à propriedade e que, se não forem respeitados, Têm o direito de se revoltar contra o governo.

Montesquieu (1689-1755), jurista, filósofo e escritor.
Na sua principal obra, O Espírito das Leis, contrariou os pensamentos religiosos de Bossuet*.
Nesse mesmo livro, Montesquieu expôs sua teoria dos três poderes. Partindo da idéia de que “qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele” propõe a divisão do poder político em três: Legislativo, para elaborar e aprovar leis; Executivo, para executar as leis e administrar o país; Judiciário, para fiscalizar o cumprimento das leis. Para esse pensador francês os poderes deveriam ser autônomos. Ou seja, cada um deles deveria atuar de modo a impedir o abuso de poder dos outros dois.

Voltaire (1694-1778), filósofo.
Foi um dos mais famosos pensadores do Iluminismo. Com seu estilo literário irônico e vibrante, destacou-se pelas críticas que fez ao clero católico, à intolerância religiosa e à prepotência dos poderosos.
Em termos políticos não era propriamente um democrata, mas defensor de uma monarquia respeitadora das liberdades individuais, cujo soberano governaria guiado pelo pensamento iluminista – era o Despotismo Esclarecido.
Uma de suas maiores marcas era a defesa da liberdade de pensamento que ele expressou em uma celebre frase:
“Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”

Rousseau (1712-1778), filósofo.
Era um democrata convicto expressando o pensamento das camadas mais baixas da população. Foi uma exceção entre os iluministas, pois criticava a alta e média burguesia e a propriedade privada.
Numa de suas principais obras, O Contrato Social, afirma que o povo é soberano e que o fundamental é a vontade da maioria expressa através do voto universal “Se o governo eleito pela maioria não estiver representando, o povo não só pode, como deve substituí-lo”.
Os revolucionários franceses resumiram a essência do pensamento democrático de Rousseau em três palavras: “liberdade, igualdade e fraternidade”, que compuseram o lema da Revolução Francesa.
Em uma de suas obras: “Discurso sobre a origem da disigualdade entre os homens” Afirmava que o surgimento da propriedade privada era responsável pelas infelicidades e desigualdades sociais.
“O primeiro que concebeu a idéia de cercar uma parcela de terra e de dizer ‘isto é meu’, e que encontrou gente suficientemente ingênua que lhe desse crédito, este foi o autentico fundador da sociedade civil. De quantos delitos, guerras, assassínios, desgraças e horrores teria livrado o Gênero humano aquele que, arrancando as estancas e enchendo os sulcos divisórios, gritasse: ‘cuidado, não daí crédito a esse trapaceiro, perecereis se esqueceres que a terra pertence a todos’”

Enciclopédia
Obra que sintetizava o pensamento iluminista era composta, por 35 volumes. Contribuiu para difundir as novas idéias. Foi organizada por dois pensadores do Iluminismo: Denis Diderot e Jean D’Alembert.

Fisiocratas
Condenavam o mercantilismo e a intervenção do Estado na economia. A natureza era a fonte de toda a riqueza, daí a supremacia da agricultura sobre o comércio.
Ao contrário dos mercantilistas, consideravam o comércio uma atividade econômica estéril, que não produz riquezas, mas simplesmente as troca. Condenavam também a intervenção do Estado na economia, afirmando que a economia funciona por si mesma, impulsionada por leis naturais. Seu lema Laissez faire, laissez passes, le monde va de lui-même – Deixai fazer, deixai passar, que o mundo anda por si.
Expoentes: Quesnay, Turgot e Gournay.

Adam Smith (1723-1790), escocês, economista.
Influenciado pelas idéias fisiocratas elaborou as bases do liberalismo econômico. Defendia um sistema econômico baseado na liberdade da concorrência e na lei da oferta e procura. Negava a intervenção do estado sobre a economia.
Em seu livro A riqueza das Nações defendeu a teoria de que a economia funcionava por si mesma, como se houvesse uma “mão invisível” a dirigi-la. Para Smith a fonte da riqueza era o trabalho.

Despotismo Esclarecido
O Despotismo Esclarecido foi à tentativa de alguns monarcas absolutistas de adaptar idéias iluministas a política absolutista. Para isso introduziram várias reformas.
Como exemplos das reformas do absolutismo ilustrado podemos citar:
• Educação: incentivo a educação pública através da construção de escolas, do apoio às academias literárias e cientificas e da divulgação de textos eruditos.
• Tributos: aperfeiçoamento do sistema de arrecadação tributária, procurando tornar menos opressiva a carga de tributos cobrados das classes populares.
Os representantes mais destacados foram Frederico II da Prússia, Catarina II da Rússia, José II da Áustria, Marques de Pombal, ministro de Portugal.


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O Iluminismo(curiosidades)

justamente por esse movimento se opor a escuridão da idade média, também é comum se referir ao iluminismo usando a termologia “século das luzes”.
  1. Características: A crença básica do iluminismo, era na razão e na ciência como único caminho para emancipação humana.
  2. O novo Homem Iluminista, se preocupava cada vês mais com questões ligadas a vida cotidiana, e despreocupado com questões religiosas, pode desenvolver as relações comerciais.
  3. Para o homem Iluminista, as relações comerciais estavam pautadas no lucro e acumulação de capital, de modo que se deveria cobrar por um produto, tudo aquilo que o outro pudesse pagar.
  4. O desenvolvimento cientifico era importante para intensificar a produção industrial, e melhor as condições de vida, de modo que as pessoas pudessem trabalha e consumir mais.
  5. A necessidade de uma organização política que respeita se a liberdade de comercio e de expansão do poder da classe burguesa, se tornou cada vês mais urgente. Daí decorre o nascimento do estado moderno, e mesmo da “democracia moderna”
  6. Filosofia social estava preocupada com questões como a igualdade entre os homens e a liberdade. Esse nome foi dado porque não havia ainda a palavra sociologia.
  7. Para os iluministas desenvolve-se um novo conceito de riqueza, que não estava mais ligada a terra. Mas sim ao trabalho (transformação da natureza), desta forma o homem rico era aquele que possuía os recursos de produção.
  8. As transformações ocorridas durante o Iluminismo acarretaram no que hoje conhecemos como revolução Industrial e revolução Francesa
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